Do Tejo ao Guadiana

Parte da Ponte de Ródão, que liga a margem beirã e alentejana do Rio Tejo, cruza a peneplanície do Alto Alentejo passando por 6 sedes concelhias (incluindo a capital distrital) e chega próximo da margem do Guadiana, à Ponte da Ajuda, cujo estado de ruína já não lhe permite ligar as duas margens.

Tipo Linear

Extensão 170km

Roadbook

1. Ponte de Ródão
2. (GR40 NIS - Caminho Português Interior de Santiago - Troço de Nisa)
3. Nisa
4. Alpalhão
5. Portalegre
6. (PR6 PTG - Percurso do Salão Frio)
7. Crato
8. Flor da Rosa
9. Crato
10. Alter do Chão
11. Alter Pedroso
12. Alter do Chão
13. Cabeço de Vide
14. Vaiamonte
15. (GR42 - Grande Rota dos Montes de Monforte)
16. Monforte
17. Barbacena
18. Elvas
19. (PR1 ELV - Percurso da Torre da Bolsa)
20. Ponte da Ajuda

Pontos de Interesse

• Ponte de Ródão
• Monumento Natural das Portas do Ródão
• Serra de São Miguel
• Conhal do Arneiro
• Nisa
• Alpalhão
• Portalegre
• Crato
• Flor da Rosa
• Coudelaria de Alter
• Alter do Chão
• Alter Pedroso
• Cabeço de Vide
• Termas da Sulfúrea
• Torre de Palma
• Villa lusitano-romana de Torre de Palma
• Monforte
• Castelo e fortaleza de Barbacena
• Elvas
• Ponte da Ajuda

Saber mais

• Ponte de Ródão
  Séc. XIX
  A engenharia do ferro fomentou a indústria metalúrgica ao longo do séc. XIX. Estruturas em ferro passaram a estar disponíveis para quase todo o tipo de construções e, aos poucos, as pontes de alvenaria passaram a dar lugar às pontes metálicas.
  A sua construção (1884-1888) esteve a cargo do engenheiro francês Pijonet, tendo sido inaugurada no reinado de D. Luís I. Apenas possui dois pilares centrais em cantaria de granito, sobre os quais se apoiam três tramos metálicos que, no conjunto, criam um tabuleiro com 167m de comprimento. Substituiu as barcas de passagem que, durante séculos, foram o único meio de ligação entre a Beira e o Alentejo.
  
  
• Ponte da Ajuda
  Séc. XVI
  Foi construída no reinado de D. Manuel I para ligar Elvas a Olivença. Alguns dos seus 19 arcos não resistiram ao mau humor do Guadiana no Inverno de 1597, tendo desabado parcialmente. Só em 1641 foi dotada de pontes levadiças, em substi- ção dos troços arruinados. Porém, o exército espanhol, em 1646, durante a Guerra da Restauração, devolveu-a ao estado de ruína parcial, acção que voltou a repetir em 1709 durante a Guerra da Sucessão Espanhola. E assim ficou até hoje, 307 anos decorridos. A outra margem e muito mais para lá, ainda para além de Olivença, é território português.
  
  Desçamos à ponte.
  E por ali se gosta de perambular, sem pressa, admirando os persistentes e aguçados talhamares em trabalho já escusado, a ruína da torre de portagem, os buracos dos petardos, em observação muda que não cansa, nostalgia de um caminho franqueado a uma terra nossa, cento e oitenta e cinco anos emigrada ...
  Francisco Hipólito Raposo (1986) / Alto Alentejo